Transmissão Do Pensamento - Ação Da Prece (perfeito!)





Transmissão  Do  Pensamento - Ação Da Prece


     9.  A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. 
     Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou uma glorificação.    
     Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos ou pelos
mortos. 

     As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a Deus, fá-lo recorrendo a intermediários, a intercessores, porquanto nada sucede sem a vontade de Deus.

     10.   O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. 

     Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados,... tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da
atmosfera. 
     Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito.
     
     Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo,de um ao outro, o pensamento, como o ar transmite o som.
     A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. E assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; 
      é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados.

     Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. 
     Não tem por fim materializar a prece, mas tornar-lhe inteligíveis os
efeitos, mostrando que pode exercer ação direta e efetiva. Nem por isso deixa essa ação de estar subordinada à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas, único apto a torná-la eficaz.


     11.   Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe idéias sãs. 
     Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. 
     Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. 
     Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em consequência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: - terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? 

     Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações.


     12.   Se, em duas partes se dividirem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e a outra das tribulações de que ele se constituiu a causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos (cap. V, nº 4), ver-se-á que a segunda, em quantidade, excede de muito à primeira. 
     Faz-se, portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte das suas aflições, às quais se pouparia, se sempre obrasse com sabedoria e prudência.

     Não menos certo é que todas essas misérias resultam das nossas infrações às leis de Deus e que, se as observássemos pontualmente, seríamos inteiramente ditosos. 
     Se não ultrapassássemos o limite do necessário, na satisfação das nossas necessidades, não apanharíamos as enfermidades que resultam dos excessos, nem experimentaríamos as vicissitudes que as doenças acarretam. 
     
     Se puséssemos freio à nossa ambição, não teríamos de temer a ruína; 
     se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não teríamos de recear a queda; 
     se fôssemos humildes, não sofreríamos as decepções do orgulho abatido; 
     se praticássemos a lei de caridade, não seríamos maldizentes, nem invejosos, nem ciosos, e evitaríamos as disputas e dissensões; 
     se mal a ninguém fizéssemos, não houvéramos de temer as vinganças, etc.

     Admitamos que o homem nada possa com relação aos outros males; 
     Que toda prece lhe seja inútil para livrar-se deles; já não seria muito o ter a possibilidade de ficar isento de todos os que decorrem da sua maneira de proceder? 
     Ora, aqui, facilmente se concebe a ação da prece, visto ter por efeito atrair a salutar inspiração dos Espíritos bons, granjear deles força para resistir aos maus pensamentos, cuja realização nos pode ser funesta. 

     Nesse caso, o que eles fazem não é afastar de nós o mal, porém, sim, desviar-nos a nós, do mau pensamento que nos pode causar dano; 
     Eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem
suspendem o curso das leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos, dirigindo o nosso livre-arbítrio. 
     Agem, contudo, à nossa revelia, de maneira imperceptível, para nos não
subjugar a vontade. 
     O homem se acha então na posição de um que solicita bons conselhos e
os põe em prática, mas conservando a liberdade de segui-los, ou não. 
     Quer Deus que seja assim, para que aquele tenha a responsabilidade dos seus atos e o mérito da escolha entre o bem e o mal. 

     E isso o que o homem pode estar sempre certo de receber, se o pedir com
fervor, sendo, pois, a isso que se podem sobretudo aplicar estas palavras: 
      - "Pedi e obtereis."

     Mesmo com sua eficácia reduzida a essas proporções, já não traria a prece resultados imensos? 
     Ao Espiritismo fora reservado provar-nos a sua ação, com o nos revelar as relações existentes entre o mundo corpóreo e o mundo espiritual. 
     Os efeitos da prece, porém, não se limitam aos que vimos de apontar.
     Recomendam-na todos os Espíritos. 

     Renunciar alguém à prece é negar a bondade de Deus; 
     é recusar, para si, a sua assistência e, para com os outros, abrir mão do bem que lhes pode fazer.


     13.   Acedendo ao pedido que se lhe faz, Deus muitas vezes objetiva recompensar a intenção, o devotamento e a fé daquele que ora. 
     Daí decorre que a prece do homem de bem tem mais merecimento aos olhos de Deus e sempre mais eficácia, porquanto o homem vicioso e mau não pode orar com o fervor e a confiança que somente nascem do sentimento da
verdadeira piedade. 
     Do coração do egoísta, do daquele que apenas de lábios ora, unicamente
saem palavras, nunca os ímpetos de caridade que dão à prece todo o seu poder.      Tão claramente isso se compreende que, por um movimento instintivo, quem se quer recomendar às preces de outrem, fá-lo de preferência às daqueles cujo proceder, sente-se, há de ser mais agradável a Deus, pois que são mais prontamente ouvidos.


     14.  Por exercer a prece uma como ação magnética, poder-se-ia supor que o seu efeito depende da força fluídica. 
     - Assim, entretanto, não é. 
     Exercendo sobre os homens essa ação, os Espíritos, em sendo preciso, suprem a insuficiência daquele que ora, ou agindo diretamente em seu nome, ou dando-lhe momentaneamente uma força excepcional, quando o julgam
digno dessa graça, ou que ela lhe pode ser proveitosa.

     O homem que não se considere suficientemente bom para exercer salutar influência, não deve por isso abster-se de orar a bem de outrem, com a idéia de que não é digno de ser escutado. 
     A consciência da sua inferioridade constitui uma prova de humildade, grata sempre a Deus, que leva em conta a intenção caridosa que o anima. 
     Seu fervor e sua confiança são um primeiro passo para a sua conversão ao bem, conversão que os Espíritos bons se sentem ditosos em incentivar. 
     Repelida só o é a prece do orgulhoso que deposita fé no seu poder e nos seus merecimentos e acredita ser-lhe possível sobrepor-se à vontade do Eterno.


     15.  Está no pensamento o poder da prece, que por nada depende, nem das palavras, nem do lugar, nem do momento em que seja feita. 
     Pode-se, portanto, orar em toda parte e a qualquer hora, a sós ou em comum. 
     A influência do lugar ou do tempo só se faz sentir nas circunstâncias que favoreçam o recolhimento. 
     A prece em comum tem ação mais poderosa, quando todos os que oram se associam de coração a um mesmo pensamento e colimam o mesmo objetivo, porquanto é como se muitos clamassem juntos e em uníssono. 

     Mas, que importa seja grande o número de pessoas reunidas para orar, se cada uma atua isoladamente e por conta própria?! 
     Cem pessoas juntas podem orar como egoístas, enquanto duas ou três,
ligadas por uma mesma aspiração, orarão quais verdadeiros irmãos em Deus, e mais força terá a prece que lhe dirijam do que a das cem outras. (Cap. XXVIII, nº 4 e nº 5.)
 do livro " O Evangelho Segundo O Espiritismo" - Capítulo Xxvii - Pedi E Obtereis

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A Historia De Hanã -Primeiras Pregações





Primeiras Pregações  

       Nos primeiros dias do ano 30, antes de suas gloriosas manifestações, avistou-se Jesus com o Batista, no deserto triste da Judéia, não muito longe das areias ardentes da Arábia. 
       Ambos estiveram juntos, por alguns dias, em plena Natureza, no campo ríspido do jejum e da penitência do grande precursor, até que o Mestre Divino, despedindo-se do companheiro, demandou ao oásis de Jericó, uma bênção de verdura e águas entre as inclemências da estrada agreste. 
       De Jericó dirigiu-se então a Jerusalém, onde repousou, ao cair da noite.            
       Sentado como um peregrino, nas adjacências do Templo, Jesus foi notado por um grupo de sacerdotes e pensadores ociosos, que se sentiram atraidos pelos seus traços de formosa originalidade, e pelo seu olhar lúcido e profundo.          Alguns deles se afastaram, sem maior interesse, mas Hanã, que seria, mais tarde, o juiz inclemente de sua causa, aproximou-se do desconhecido e dirigiu-se-lhe com orgulho:   
       - Galileu, que fazes na cidade?   
       - Passo por Jerusalém, buscando a fundação do Reino de Deus!  exclamou o Cristo, com modesta nobreza.  
       - Reino de Deus?  tornou o sacerdote com acentuada ironia.  E que pensas tu venha a ser isso?   
       - Esse Reino, é a obra divina no coração dos homens!  esclareceu Jesus, com grande serenidade.  
       - Obra divina... em tuas mãos?  revidou Hanã, com uma gargalhada de desprezo.  
       
       E, continuando as suas observações irônicas, perguntou:  
       - Com que contas para levar avante essa difícil empresa? Quais são os teus seguidores e companheiros?... Acaso terás conquistado o apoio de algum príncipe desconhecido e ilustre, para auxiliar-te na execução de teus planos?   
       - Meus companheiros hão de chegar de todos os lugares,  respondeu o Mestre com humildade.   
       - Sim  observou Hanã, — os ignorantes e os tolos estão em toda parte na Terra. - Certamente que esse representará o material de tua edificação.    
       Entretanto, propões-te realizar uma obra divina e já viste alguma estátua perfeita modelada em fragmentos de lama?  
       - Sacerdote replicou-lhe Jesus, com energia serena, — nenhum mármore existe mais puro e mais formoso do que o do sentimento,... e nenhum cinzel é superior ao da boa-vontade.  

       Impressionado com a resposta firme e inteligente, o famoso juiz ainda interrogou:   
       - Conheces Roma ou Atenas?   
       - Conheço o Amor e a Verdade disse Jesus convictamente.   
       - Tens ciência dos códigos da Corte Provincial e das leis do Templo? inquiriu Hanã, inquieto.   
       - Sei qual é a vontade de meu Pai que está nos céus  respondeu o Mestre, brandamente.  
      - O sacerdote o contemplou irritado e, dirigindo-lhe um sorriso de profundo desprezo, demandou a Torre Antônia, em atitude de orgulhosa superioridade.  

       No dia seguinte, pela manhã, o mesmo formoso peregrino foi ainda visto a contemplar as maravilhas do santuário, alguns minutos antes de internar-se pelas estradas banhadas de sol, a caminho de sua Galiléia distante.  
       Daí a algum tempo, depois de haver passado por Nazaré, descansando igualmente em Caná, Jesus se encontrava nas circunvizinhanças da cidadezinha de Cafarnaum, como se procurasse, com viva atenção, algum amigo que estivesse à sua espera.  
       Em breves instantes, ganhou as margens do Tiberíades e se dirigiu, resolutamente, a um grupo alegre de pescadores, como se, de antemão, os conhecesse a todos.  
       A manhã era bela, no seu manto diáfano de radiosas neblinas. As águas transparentes vinham beijar os eloendros da praia, como se brincassem ao sopro das virações perfumadas da Natureza. 

       Os pescadores entoavam uma cantiga rude e, dispondo inteligentemente as barcaças móveis, deitavam as redes, em meio de profunda alegria.  
       Jesus aproximou-se do grupo e, assim que dois deles desembarcaram em terra, falou-lhes com amizade:   
       - Simão e André, filhos de Jonas, venho da parte de Deus e vos convido a trabalhar pela instituição de seu reino na Terra!  
       André lembrou-se de já o ter visto, nas cercanias de Betsaida, e do que lhe haviam dito a seu respeito, enquanto que Simão, embora agradavelmente surpreendido, o contemplava, enleado. 
       Mas, quase a um só tempo, dando expansão aos seus temperamentos acolhedores e sinceros, exclamaram respeitosamente: 
       - Sede bem-vindo!...  Jesus então lhes falou docemente do Evangelho, com o olhar incendiado de júbilos divinos.  

       Estando muitos outros companheiros do lago a observar de longe os três, André, manifestando a sua tocante ingenuidade, exclamou comovido:   
       - Um rei? Mas em Cafarnaum existem tão poucas casas!..  
       Ao que Pedro obtemperou, como se a boa-vontade devesse suprir todas as deficiências:   
       - O lago é muito grande e há várias aldeias circundando estas águas, O reino poderá abrangê-las todas!  
       Isso dizendo, fixou em Jesus o olhar perquiridor, como se fora uma grande criança meiga e sincera, desejosa de demonstrar compreensão e bondade.
        O Senhor esboçou um sorriso sereno, e, como se adiasse com prazer as suas explicações para mais tarde, inquiriu generosamente:   
       - Quereis ser meus discípulos?  
       André e Simão se interrogaram a si mesmos, permutando sentimentos de admiração embevecida. Refletia Pedro: - que homem seria aquele? onde já lhe escutara o timbre carinhoso da voz íntima e familiar? 

       Ambos os pescadores se esforçavam por dilatar o domínio de suas lembranças, de modo a encontrá-lo nas recordações mais queridas.
       Não sabiam, porém, como explicar aquela fonte de confiança e de amor que lhes brotava no âmago do espírito e, sem hesitarem, sem uma sombra de dúvida, responderam simultaneamente:   
       - Senhor, seguiremos os teus passos. 
        Jesus os abraçou com imensa ternura e, como os demais companheiros se mostrassem admirados e trocassem entre si ditérios ridicularizadores, o Mestre, acompanhado de ambos e de grande grupo de curiosos, se encaminhou para o centro de Cafarnaum, onde se erguia  a Intendência de Ântipas. 
       Entrou calmamente na coletoria e, avistando um funcionário culto, conhecido publicano da cidade, perguntou-lhe:   
       - Que fazes tu, Levi?  
       O interpelado fixou-o com surpresa; mas, seduzido pelo suave magnetismo de seu olhar, respondeu sem demora:   
       - Recolho os impostos do povo, devidos a Herodes.   
       - Queres vir comigo para recolher os bens do céu?   perguntou-lhe Jesus, com firmeza e doçura.  
       
       Levi, que seria mais tarde o apóstolo Mateus, sem que pudesse definir as santas emoções que lhe dominaram a alma, atendeu, comovido:   
       - Senhor, estou pronto!..   
       - Então, vamos  disse Jesus, abraçando-o.  
       Em seguida, o numeroso grupo se dirigiu para a casa de Simão Pedro, que oferecera ao Messias acolhida sincera em sua residência humilde, onde o Cristo fez a primeira exposição de sua consoladora doutrina, esclarecendo que a adesão desejada era a do coração sincero e puro, para sempre, às claridades do seu reino. 
       Iniciou-se naquele instante a eterna união dos inseparáveis companheiros.        Na tarde desse mesmo dia, o Mestre fez a primeira pregação da Boa Nova na praça ampla, cercada de verdura e situada naturalmente junto às águas.  
       No céu, vibravam harmonias vespertinas, como se a tarde possuísse também uma alma sensível. 
        
       As árvores vizinhas acenavam os ramos verdes ao vento do crepúsculo, como mãos da Natureza que convidassem os homens à celebração daquele primeiro ágape. 
       As aves ariscas pousavam de leve nas alcaparreiras mais próximas, como se também desejassem senti-lo, e na praia extensa se acotovelava a grande multidão de pescadores rústicos,... de mulheres aflitas, por continuadas flagelações,... de crianças sujas e abandonadas,... misturados com publicanos,... pecadores com homens analfabetos e simples,... que haviam acorrido, ansiosos por ouvi-lo.  
       Jesus contemplou a multidão e enviou-lhes um sorriso de satisfação.     
       Contrariamente às ironias de Hanã, ele aproveitaria o Sentimento como mármore precioso,... e a boa vontade como cinzel divino. 
       Os ignorantes do mundo,... os fracos,... os sofredores,... os desalentados,... os doentes e os pecadores,... seriam em suas mãos o material de base para a sua construção eterna e sublime. 

       Converteria toda miséria e toda dor num cântico de alegria, e, tomado pelas inspirações sagradas de Deus, começou a falar da maravilhosa beleza do seu reino. 
       Magnetizado pelo seu amor, o povo o escutava num grande transporte de ventura. No céu havia uma vibração de claridade desconhecida.  
       Ao longe, no firmamento de Cafarnaum, o horizonte se tornara um deslumbramento de luz e, bem no alto, na cúpula dourada e silenciosa, as nuvens delicadas e alvas tomavam a forma suave das flores e dos arcanjos do Paraíso.  
 Do livro BOA NOVA  
 Pelo Espírito - Humberto De Campos    
psicografia - Francisco Cândido Xavier

AS LEIS DE DEUS (ótima explicação!)


AS  LEIS  DE  DEUS
       Todas as leis de Deus existem para atender os processos de vida cósmica, nos quais tudo se encontra mergulhado.
       Do mesmo modo que uma cidade para existir e funcionar devidamente carece de normativas variadas, desde o traçado ou mapeamento urbano, passando pelos códigos diversos para o trânsito, para o mercantilismo, para os processos de compra e venda, até as questões dos direitos e dos deveres dos cidadãos, dos grupos, das sociedades em seus diferenciados segmentos;
       
       Não poderiam ser diferente ou tratados de modo inferior, os multiplicados códigos e leis que regulam a vida nessa gigantesca cidade sideral que é o planeta Terra, bem como nesse estado imenso que é o nosso sistema solar, até os seus relacionamentos com as outras comunidades cósmicas, além do que conhecemos.
       As leis de Deus, ajustadas às necessidades das Suas criaturas, vibram em toda parte, vibram em todas as coisas e em todos os seres.
       Cabe a cada um de nós, cidadãos dessa vastíssima comunidade sideral, enquadrarmo-nos no cumprimento dessas determinações que visam ao bem geral, partindo do bem individual.
       Urge que não desconheçamos que, não obstante marcados pelas leis do campo moral, na condição de espíritos eternos, sofremos a atuação das leis que regem o campo físico, em virtude de estarmos, ainda, vestidos por uma indumentária corpórea, habitando uma cidade planetária de características eminentemente materiais.
       Vale cumprir os preceitos dessas Leis, para que alcancemos a conquista de nós mesmos, alcandorando-nos para a Grande Luz.
       Tudo é regido pelas Leis de Deus, e nós somos os que devemos evoluir, a fim de fazer com que se cumpram esses dispositivos em todo o universo, ocupando a nossa posição de cooperadores do Criador, para homenagear a vida, cantando em toda a parte as glórias do Senhor.
(De “Nossas Riquezas Maiores”, de J. Raul Teixeira – diversos espíritos)

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A Escola Das Almas - (Linda mensagem!!!)







A Escola Das Almas

       Congregados, em torno do Cristo, os domésticos de Simão ouviram a voz suave e persuasiva do Mestre, comentando os sagrados textos.
       Quando a palavra divina terminou a formosa preleção, a sogra de Pedro indagou, inquieta:
       — Senhor, afinal de contas, que vem a ser a nossa vida no lar?
       Contemplou-a Ele, significativamente, demonstrando a expectativa de mais amplos esclarecimentos, e a matrona acrescentou:
       — Iniciamos a tarefa entre flores para encontrarmos depois pesada colheita de espinhos.
       
       No começo é a promessa de paz e compreensão; entretanto, logo após, surgem pedras e dissabores...
       Reparando que a senhora galiléia se sensibilizara até às lágrimas, deu-se pressa Jesus em responder:
       — O lar é a escola das almas, o templo onde a sabedoria divina nos habilita, pouco a pouco, ao grande entendimento da Humanidade.
       E, sorrindo, perguntou:
       — Que fazes inicialmente às lentilha, antes de servi-las à refeição?
       A interpelada respondeu, titubeante:
       — Naturalmente, Senhor, cabe-me levá-las ao fogo para que se façam suficientemente cozidas. Depois, devo temperá-las, tornando-as agradáveis ao sabor.

       — Pretenderias, também, porventura, servir pão cru à mesa?
       — De modo algum, tornou a velha humilde, antes de entregá-lo ao    
consumo caseiro, compete-me guardá-lo ao calor do forno. Sem essa medida...
       O Divino Amigo então considerou:
       — Há também um banquete festivo, na vida celestial, onde nossos sentimentos devem servir à glória do Pai. 
       - O lar, na maioria das vezes, é o cadinho santo ou o forno preparador. 
que nos parece aflição ou sofrimento dentro dele é recurso espiritual. O coração acordado para a Vontade do Senhor retira as mais luminosas bênçãos de suas lutas renovadoras, porque, somente aí, de encontro uns com os outros, examinando aspirações e tendências que não são nossas, observando defeitos alheios e suportando-os, aprendemos a desfazer as próprias imperfeições.

       Nunca notou a rapidez da existência de um homem? A vida carnal é idêntica à flor da erva. Pela manhã emite perfume, à noite, desaparece... 
       - O lar é um curso ligeiro para a fraternidade que desfrutaremos na vida eterna. Sofrimentos e conflitos naturais, em seu círculo, são lições.
       A sogra de Simão escutou, atenciosa, e ponderou:
       — Senhor, há criaturas, porém, que lutam e sofrem; no entanto, jamais aprendem.
       O Cristo pousou na interlocutora os olhos muito lúcidos e tornou a indagar:
       — Que fazes das lentilhas endurecidas que não cedem à ação do fogo?
       — Ah! sem dúvida, atiro-as ao monturo, porque feririam a boca do comensal descuidado e confiante.

       — Ocorre o mesmo — terminou o Mestre — com a alma rebelde às sugestões edificantes do Lar. 
       - A luta comum mantém a fervura benéfica; todavia, quando chega a morte, a grande selecionadora do alimento espiritual para os celeiros de Nosso Pai, os corações que não cederam ao calor santificante, mantendo-se na mesma dureza, dentro da qual foram conduzidos ao forno bendito da carne, serão lançados fora, a fim de permanecerem, por tempo indeterminado, na condição de adubo, entre os detritos da Natureza.

do livro Jesus No Lar
Francisco Cândido Xavier
Pelo Espírito Neio Lúcio


Dormir,... É Coisa Séria...





Dormir É Coisa Séria
       Passamos em média mais de 30% da vida dormindo e consideramos ser somente um descanso físico, e isso é um engano.
       
       Nos arrumamos para eventos, vestimos uniforme para trabalhar, nos produzimos para festas, entre outros e esquecemos de nos prepararmos adequadamente para o momento do sono, ou seja o momento em que a alma emancipa.

       Por quê deveríamos nos preparar e como nos prepararíamos?
-Devemos nos preparar pois, poderemos nos encontrar com entes queridos desencarnados, amigos e até nosso benfeitor (nosso anjo).
       
       -Devemos não perturbar nossa mente com os problemas do dia, não assistirmos filmes violentos, não ouvirmos músicas agitadas, não discutir, entre tantas outras dicas.

       Mude seus hábitos lendo um livro edificante, ouvindo uma música clássica, fazendo uma oração sentida ou uma reflexão com quem mora com você, etc. Essas ajudas irão contribuir até para sua memória na experiência.

       - É,... dormir,... é coisa séria.


Stela Onishi